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Commodities Agrícolas


Quinta-feira, 17 de março de 2011 - 09h11

Efeito Japão - Os contratos futuros do açúcar encerraram o pregão de ontem com a maior queda diária em três meses. As especulações de que a demanda global irá recuar depois do terremoto seguido por tsunami no Japão nortearam o humor mercado. A decisão do Banco Central japonês de aumentar a liquidez de curto prazo no país não conseguiu conter o pânico dos investidores em relação ao risco de vazamento de radiação nuclear. Com tudo isso, o mercado reagiu de forma pessimista. Na bolsa de Nova York, os papéis para julho fecharam a 23,57 centavos de dólar por libra-peso, queda de 203 pontos. No mercado doméstico, o indicador Cepea/ESALQ para a saca de 50 quilos ficou em R$70,78, com queda de 0,60%. No mês, a commodity já acumula desvalorização de 2,92%. Venda de pânico – “Trata-se de uma venda de pânico”, resumiu Michael Smith, presidente da T&K Futures & Options, da Flórida, em entrevista à agência Bloomberg, sobre a tendência baixista do mercado no dia de ontem. “As pessoas querem sair dos ativos de riscos”, acrescentou o executivo. Os temores levantados com o tsunami que arrasou parte do Japão derrubaram os preços de todas as commodities negociadas em bolsa, cacau incluído. Em Nova York, contratos com entrega em maio encerraram o dia com queda diária de US$134, a US$3.255 por tonelada de amêndoa. Em Ilhéus e Itabuna, o preço médio da arroba ficou em R$86,66, segundo informou a Central Nacional dos Produtores de Cacau. No dia anterior, a commodity havia fechado ao preço médio de R$87,00. Recuo soft - Os contratos futuros do suco de laranja concentrado e congelado recuaram ontem no mercado americano, na esteira de outras commodities, mas as perdas não foram tão acentuadas como em outros mercados, como algodão e açúcar. Segundo analistas ouvidos pela agência Dow Jones, o terremoto seguido de tsunami no Japão elevou as dúvidas em relação à recuperação dos preços, após a queda provocada na semana passada pela previsão mais otimista do USDA para a safra da Flórida em 2010/11. Na bolsa de Nova York, os papéis para julho fecharam o dia com queda de 160 pontos, a US$1,6485 por libra-peso. No mercado doméstico, o indicador Cepea/ESALQ para a caixa de 40,8 quilos da laranja à indústria paulista ficou em R$15,00, sem variação nos últimos cinco dias. Aversão a risco - Assim como as demais commodities negociadas no mercado internacional, o algodão também não escapou ileso ontem das preocupações suscitadas com o Japão. As cotações do algodão negociado na bolsa de Nova York, com prazo de entrega em julho, fecharam com queda diária de 700 pontos, a US$1,7925 por libra-peso. Os temores do mercado em relação à recuperação econômica mundial foram reforçados com o pronunciamento, ontem, do premiê japonês, Naoto Kan, que afirmou que o país enfrenta a sua pior crise desde a Segunda Guerra Mundial. Isso elevou a aversão a risco dos investidores. Já no mercado doméstico, o indicador Cepea/ESALQ para a libra-peso da fibra ficou em R$3,9902, com retração diária de 0,05%. No mês, o algodão acumula valorização de 0,80%. Fonte: Valor Econômico. 16 de março de 2011.
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